domingo, 28 de setembro de 2008

Setembro.

Toc, toc...
É a tristeza, de mãos dadas à chuva fina.


É, o tempo corre mais do que gostaria. Queria aproveitar mais o que me resta, mas o tempo é rápido, os dias passam sem perceber e as obrigações não da para fugir. Mas cada dia me sinto mais fraca, saúde frágil... Engraçado como tudo parece estar retornando, e da mesma forma de antes. O isolamento, as decepções, tão parecidas. A forma que a doença volta, é tão igual que fica impossível se iludir e achar que vai ser diferente, porque já sei que está no ponto em que não há mais retorno, é só uma questão de tempo... tempo. (Quanto mais?)

Quanto ao resto não posso dizer que pessoalmente esteja feliz, sou sincera com o que sinto... instinto. Muitas vezes, me identifico com o personagem do "Dr. House". A frieza, a arrogância, o cinismo, aquela aparência e postura do "eu estou bem, sou bom, e nada me atinge”; e depois chega em casa, senta e... transforma-se naquilo que realmente é: uma pessoa com sentimentos, que se isolou, e ficou perdida no mundo e na sua construção pessoal, mas essencialmente isso, com sentimentos... que ninguém se importa. Queria mesmo é escutar a verdade que tanto se cala e que ninguém tem coragem de falar, o máximo é fingir que o fato não existe. Não percebem que isso mata mais do que saber. Preciso saber, mesmo que machuque.

É que a moça já esta cansada de passar madrugadas inteiras, com ou sem luas, recordando uma história que parou no tempo... E voltará a lembrar que, ao fim da jornada, não terá nenhum moreno esperando. Não haverá abraços sinceros, desejos de boa noite, saudades, borboletas muitas. Será silêncio. Vazio. Lágrimas tímidas. Coração apertado...
~ Demora muito, garoto, para que você tome coragem e fuja da sua realidade novamente? Porque as palavras morrem na garganta. E sufoca aos poucos...

E eu sinceramente não sei... Não sei o motivo de tanta comparação, não sei o motivo dos desencontros, não sei o motivo de todos os motivos. O meu setembro se partiu em sete e nem sei bem qual deles me deixa melhor ou pior!
Meu coração agora está congelado. Creio que se alguém lhe tocar ele se parte em pedaços. A verdade é que bem poderia consertar, mas ninguém quer ficar com algo remendado. Só que, no fundo, por detrás da sua renitência em se entregar e se expor, ele é carente. E adoeceu.
No entanto cá vai andando. Talvez não na verdadeira essência da vida, mas num dos seus "fios que traçam o limite".

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